O nada é a melhor fórmula que me representa quando não sou. Não sei ser vazia, não o tempo todo. Não o
suficiente quando sinto as borbulhas de um mundo impregnado em coisas nunca
vividas. Não ser é menos que a fumaça do café se desfazendo junto ao
ar naquela tarde do horário de verão.
Afinal,
o que eu estava fazendo sozinha naquele banco embaixo do sol das 14h00min ? Espantando sono, eu acho. Observando e
procurando os reflexos das folhagens das árvores naquele fundo preto , enquanto
não queria pensar no ar condicionado na sala da biblioteca, pequena, áspera e gelada .
Na mesa não cabia nada, nem ao menos uma pequena vontade de
ser feliz garrada em algum lugar dentro de mim. Só coube livros, computadores e tensão . Sai . O espaço era pequeno de mais pra me
conter. É que as vezes eu vivo em pausa.
Pausa de mim, pausa dos outros e de tudo que é condicionado.