quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

NINGUÉM NASCE ESCRAVO

Parece conversa de pessimista mas não é. Se indignar é também uma forma de amar. Leia com o coração e aceite que somos todos merecedores do melhor.

ATENÇÃO: se doer ou der uma intensa vontade de colocar fogo em vários lugares por ai (risos), trabalhe diariamente para aceitar, perdoar e liberar esse lado, tudo isso é para uma boa causa. Se você chegou até aqui é porque já está preparado.

 Não nascemos para sermos escravos de nenhum sistema.  Mas é disso que a indústria precisa. Enquanto nos debatemos, focando atenção em tipos de governo e se inspirando em bandeiras, colocamos cocaína camuflada em pacotinhos coloridos dentro das nossas bocas. 
Parece que eu cheguei em um limite onde a náusea de um jejum não é a falta de alimentos, é a incompatibilidade em precisar digerir que uma nação é envenenada propositalmente, que alimentos altamente tóxicos são tidos como necessários, que o banho que tomo, a água que bebo, o ar que respiro diminuem a qualidade de vida em um local onde exatamente é o palco da nossa vida. 
Vejo dos bastidores, cassetetes nos que se ancoram nas ilusões vendidas e dores pagas. Dando o máximo de sua existência, vivendo seu plano de alma nas ruas ou na quebradeira em casa. 
Mas é disso que a indústria precisa, de crianças bochechando com flúor, de açúcar no sangue e vermes no corpo, de jornadas de trabalho em troca de suicídio, de mentes ocupadas com romance ilusório e tragédias arquitetadas na televisão, eles precisam da pobreza e pobres que agradecem o “direito” de comer pão duro.
Chegamos no estágio em que pessoas que não tomam rivotril são consideradas malucas. Milhares de tórax são rasgados diariamente, as vezes "foi fulminante" basta para sessarmos nossas preocupações. Somos capazes de abrir a barriga por estética, fomos treinados para nos entupir de venenos pra tudo que é causa, acreditamos em dor de cabeça, barriga, estomago, até dor de dedo a gente acredita. Já levei vida de rainha em cadeiras ergonômicas, ar condicionado e ansiedade. 
Dá pra ver que tem algo desconexo quando nos oferecem café com açúcar, as vezes açúcar com café no consultório odontológico, quando médicos cardiologistas morrem de ataques cardíacos, são obesos, fumantes, se alimentam de forma altamente intoxicante, assim como seus pacientes, que também morrem. A questão é que todo mundo vai morrer, esse corpo não é permanente e é exatamente por isso que precisamos nos identificar como seres iluminados e eternos em espírito e compreender que estamos aqui para um propósito muito maior de amor, luz, conexão e evolução, pois moramos em um veículo (corpo) e não ele que mora em nós (espírito), o corpo é um supercondutor de energia e isso basta para tratarmos com respeito. Pra mim, o mundo real é lotado de possibilidades infinitas. Prefiro ser maluca por sentir do que acreditar em mentira palpável. Aqui, não preciso comprar ingressos, assistir peças com cortinas fechadas e bater palmas.
A indústria não tem interesse nenhum em que possamos sentir essa conexão, porque viver da própria verdade é maravilhoso, é vibrante, saudável, não há necessidade de quase nada quando a percepção de que tudo que precisamos está em nós mesmos e na natureza. Somos energia cósmica, herdeiros da fonte criadora, somos bichos, somos natureza, somos feitos de amor para amar. É hora de dissociar do que não serve. É hora de ser.  

domingo, 22 de dezembro de 2013

Não leve a mal


Vou deixar aqui meu pedido de desculpa carregado pela  saudade dos pedaços do meu coração que foram deixados à todos que eu invadi sem pedir licença e um muito obrigada por costurarem os fragmentos do que ainda somos.

 Aos que eu disse Adeus, retribuam da mesma forma, por favor, e lembrem-se do que foi extremamente sorridente nas pousadas, porque a vida é feita do que fazemos e fazer, muitas vezes, sobra tanto que a gente joga as regalias do que não existe nas pessoas, sem saber que  realidade é a única esperança da nossa própria insanidade.

 Se eu precisei partir eu tinha que estar por aí,  vivendo de amor e lugares, cores e luzes. Não posso deixar lacrado em mim algo que gostariam que eu fosse, não  se enganem, a vida é minha. Fazer pra viver não significa escrever um atestado e pregar nos postes carimbado e assinado . Fazer pra viver é fechar os olhos, escutar as batidas do coração, e fazer porque quer não porque está vendo. 

Eu vou ficar por aqui, submersa em palavras, uma xícara de chá e musica ruim pra ver se acertam o tamanho da janela. É fácil verificar a chuva que cai, difícil é secar as gotas intocáveis que pingam em mim. 

sábado, 2 de novembro de 2013

Pause-se


O nada é a melhor fórmula que me representa quando não sou.  Não sei ser vazia, não o tempo todo. Não o suficiente quando sinto as borbulhas de um mundo impregnado em coisas nunca vividas.  Não ser é menos  que a fumaça do café se desfazendo junto ao ar naquela tarde do horário de verão.  

Afinal, o que eu estava fazendo sozinha naquele banco embaixo do sol das 14h00min  ? Espantando sono, eu acho.  Observando e procurando os reflexos das folhagens das árvores naquele fundo preto , enquanto não queria pensar no ar condicionado na sala da biblioteca, pequena,  áspera e gelada .

Na mesa não cabia nada, nem ao menos uma pequena vontade de ser feliz garrada em algum lugar dentro de mim. Só coube  livros, computadores e tensão .  Sai . O espaço era pequeno de mais pra me conter.  É que as vezes eu vivo em pausa. Pausa de mim, pausa dos outros e de tudo que é condicionado.  

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Não existir e saudade


Eu não sei quem é ela, mas sei quem sou eu.

Acordo de manhã e gosto de cada raio de sol frio em meus olhos ao abrir a boca.

O relógio desperta trinta vezes e mesmo assim chego na hora.

Tem dias que o sol escalda e esfria com seu olhar, nunca visto.

É feito um chá quente que esfria, a lua que apaga e o coração que acelera, assim, como seu timbre calado.

Espero que novembro chegue trazendo você, enquanto outubro te leva.

E na certeza do inapropriado eu até gosto de saber que não sou ninguém, sei ser só um pedacinho de coração ambulante me perdendo em mim e em você, divertida.

Apareceu me distraindo, tentando encontrar línguas para pronunciar, sem saber que eu falo com os olhos... 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Sobre amizade








Ipatinga , 24 de setembro de 2013 

Querida amiga Silvana, 
escrevo-lhe esta carta para dizer como me agrada sua felicidade.  
 momentos na vida que a gente aprende mais que outros e hoje finalmente entendi que gente falsa circula pelo planeta. Uma pena  momentos assim esbarrarem em você, que não merece isso. 
Espero que saia de momentos e pessoas, intacta, pois eu ainda não aprendi a lidar com isso.

E sobre nós , tenho pra dizer que é  assim,  a gente esta em todos os lugares, as vezes em lugares vazios, outros cheios, as vezes preto e branco e quase sempre colorido.
Quando eu me vejo daltônica você  me ensina a colorir e quando você perde a voz eu respondo por você.

Eu gosto assim, do traço fino e sincero, da realidade de certos atrasos que me fez chegar até você. 
Mas gosto mesmo, de verdade, de toda e qualquer amizade pura e engraçada. 
Tanto quanto dos vaga-lumes em noite de lua escura, mesmo que seja difícil como a frequência das estrelas. 
                          
Atenciosamente, 

Luana .


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ensaiando vibrações


As vezes pela falta de experiência ou pela falta de escuta do que o coração necessita, nos seres habitantes da terra, insistimos em gritar diante do silencio. De quebrar barreiras que foram construídas com muito amor e luz.
 Luz é tudo aquilo que queremos de benéfico para nos mesmos e para os outros, e amor é a forma como usamos tudo isso.  Precisamos de desapego  à tudo o que faz mal, de tudo o que atordoa a vida que curta se passa lentamente .
Quer amar, ame.  Quer comer, coma. Quer abraçar, abrace. Faça acontecer, é por isso que estamos aqui.
Estamos o tempo todo a postos de nos drogarmos com tantas informações intoxicantes e na maioria das vezes, morremos.  Mas sejamos nós  ao acordar. Abriremos nossos  olhos pra ver o sol ,  enquanto  oceanos congelam.
Talvez, precisaremos  encontrar alguém, mas precisa ser na primavera e deixaremos  o modo primitivo somente quando ganharmos a maré de presente.  Não nos prometeremos nada, apenas precisaremos ser nos mesmos, escutar nossos corações e ver como somos alagados de luz.  Assim fica mais fácil aceitar nosso carma, que só existe para nos ensinar...

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O tempo passa



Chegara o fim de semana.  Tempos em que eram dias de visitar a tia e o tio na casa que era um mistério de tantos cômodos. Além de ficar rodando cada canto procurando coisas  que eu nunca fazia ideia do que seria, eu me lembro da vizinha. A velha e linda vizinha que tinha um gato e uma casa pequena. 

Respirava aliviada porque o fim de semana havia chegado e sabia que eu teria um gato, flores colorias e uma velhinha que não era minha avó, pra encher minhas pequenas mãozinhas de biscoitos, fazer um esforço danado pra me ajudar  subir na cama de casal macia e ligar a tv. Mal sabia eu se segurava o gato ou os biscoitos.

Eu com quatro anos adorava me sentir uma mulher independente quando escutava  minha mãe dizer, “desce devagar” , as vezes um , “olha pra frente” , enquanto  descia as longas escadas sozinha só pra visitar uma pessoa que eu conhecera não sei como mas lembro de como me conquistara.

O cheiro era suave, a cozinha colorida, a cama grande.  De repente a cama começou ficar pequena, eu já conseguia subir sozinha e alcançava os potes de biscoitos. Ela andava menos, ria menos, mas continuava com os cafunes, continuava ligar a tv, me abraçar e ficar observando as flores comigo. Eu já havia crescido. Afinal, já tinha cinco anos, mas o gato ainda era o mesmo, o mesmo espertinho que eu  tentava levar comigo mas nunca conseguia.

Eu não sabia quem era a velhinha.  Só sabia que os abraços eram verdadeiros e os cafunes inesquecíveis. Enquanto eu mexera em seus cabelos finos , posso imaginar as milhões de perguntas que eu fizera enquanto ela sorria.

Os fins de semana passavam e chegavam e eu sempre ia visita-la. Mas um dia, não sei qual, ela nem o gato estavam sentados no banquinho como de costume, então precisei  chamar pelo nome carinhoso que eu esqueci qual era,  tanto faz, ela  não abriu a porta, nem as janelas.
  
Acho que me avisaram que ela havia se mudado,  mas eu tinha que fazer mais perguntas e se eu me conheço bem,  uma delas era porque  tinha que ir embora...  Não me avisaram que ela se mudara para o céu.