domingo, 30 de dezembro de 2012

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Parece que a felicidade as vezes  esconde atrás de arbusto e só aparece quando o seu fiel casamento com a tristeza se desfaz...
Parece que as cores de todos os 24 giz dentro da caixinha não são cores, no plural, ou talvez eu que estou deixando o peso do tempo e da rotina me tornar daltônica.
Não parece, acontece que meus joelhos doem por não saberem mais o que é caminhada. Ficam horas na mesma posição a fim de se embebedarem com todas essas drogas que minhas horas andam injetando pra poder depois, jogar a culpa no tempo. Coitado, tão inocente, e eu aqui sabendo que ele não vai me curar. O tempo não vai me curar se eu não me levantar e seguir.
Ando aqui, lendo os livros que quero ler, vendo os filmes que quero ver, e pensando nos minutos vagos por que a gente se deixa em algum lugar e por algum motivo não temos dignidade suficiente para nos lembrarmos onde.  
Uma vez, conversando com um amigo ele me disse “Nada que seja real dura mais que um sonho, ou um suspiro”. Na hora eu fiquei pensando nesse leque de possibilidades que essa frase me fez pensar, portanto minha reação foi –pensativa.
 Só quando chega nossa vez é que a gente entende que ninguém é auto-suficiente o tempo inteiro, e por isso, sabemos as profundidades de uma realidade. Ou várias.
O mais lamentável são as pessoas me velando como se eu tivesse morrido pra sempre com suas frases animadoras dizendo, você é tão nova, vai paquerar menina,  vai beijar na boca, eu na sua idade isso, eu na sua idade aquilo.  Como se isso fosse cessar minhas aspirações e maluquices que as responsabilidades me obrigam nesses vinte e um anos.
Ei, gente, eu morri agora, pode ser que daqui a poucos minutos eu esteja “de pé”.  Já me confundi tantas vezes, morri outras mil e fui feliz também. Acordem vocês...
 

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